Sempre me lembro de ter detestado gatos.
Achava-os demasiado independentes, falsos, interesseiros para além de arranharem, o que era chato.
Depois uma amiga minha arranjou um gato tipo persa todo branco. O Leo. Era lindo.
Conheci-o pequenino, vi-o crescer, comecei a brincar com ele e a achar piada as suas brincadeiras.
Curiosamente uma parte dos amigos que fui conhecendo começaram todos a arranjar gatos.
Passei de uma fase de os detestar a uma fase de desejar ter um.
Um amigo arranjou-me um, o Jota.
Castanhinho, veio cá para casa com um mês e tal.
A partir daí tem sido um espectáculo.
São animais fenomenais. Tudo aquilo que pensava deles veio a mostrar não ser bem assim.
Ao ponto de quando estar fora sentir muito a sua falta.
Toda esta conversa para dizer que tenho mandado umas gargalhadas com este Jota como à muito não mandava. Ver o gato completamente louco atrás da luz do ponteiro laser é demais.
No outro dia quando acordei apontei o ponteiro para o tecto e o gajo começou aos saltos da cama. Depois desliguei e ele lá ficou a olhar.
Entretanto levantei-me, tomei banho, vesti-me, tomei o pequeno almoço, preparei-me para sair e quando fui buscar o TM ao quarto, reparei que ele lá estava na mesma posição e a olhar para o tecto. Foi demais mesmo. Este gajo às vezes dá-me um acordar muito bem disposto.
O Jota