domingo, 16 de setembro de 2007

Season 2 - Episode 7 - 1ª Parte

Deep Roots 2007

Ontem fui à sessão nocturna (19:00-22:00h) do festival Deep Roots.
Muito giro, mas muito giro mesmo.
Grupos de folk e de blues de todo o Canadá a tocar aquilo que nós chamamos música tradicional e a imprimirem um ritmo à sala fabuloso.
Algumas questões de interesse:

i. Quem paga aos grupos para virem ao festial são estabelecimentos comerciais da vila. Por exemplo o grupo X é trazido pelo restaurante Y ou pela farmácia Z.
ii. Os residentes de Wolfville alojam os grupos nas suas casas, i.é., um grupo que participa no festival pode ficar alojado durante o festival na casa da familia O'Connor.
iii. É giro ver no final da sua actuação cada banda agradecer ao pub X e à familia Y.
iv. É espantoso ver as expressões de saudade e de felicidade dos mais idosos ao ouvirem este tipo de música.
v. A quantidade de pessoal mais novo (10-30) que assiste a este tipo de festival é assombroso. Não sei se vemos o mesmo tipo de envolvimento jovem na nossa música tradicional em Portugal.

O que mais gostei? De uma maneira geral não gosto de música cantada em francês e também julgava que música celta cantada em francês não era aquela. Mas neste festival, os Vishten do Canadá francófono tiraram-me do sério (foto abaixo). FABULOSO.
Claro que comprei o CD.

Entretanto encontrei este video deles no Youtube.

3 comentários:

Nuno disse...

Pois, cá em Portugal não tardaria para uma qualquer empresa de eventos comprar o festival, dar-lhe um nome de operadora de telefones ou de cerveja e cobrar bilhetes a preços impraticáveis... Quanto à música tradicional, o problema nem é tanto se o público mais jovem gosta ou não. Em Portugal o problema prende-se mesmo com a qualidade duvidosa de muita coisas que por cá se faz. E a culpa não é apenas dos músicos, quanto a mim.

Anónimo disse...

Imagina isso acontecer em Portugal, no local onde resides, e alojares na tua casa a Agatha, que te cantava dia e noite "sai, sai da minha vida..." ou o Quim Barreiros e o "quero cheirar teu bacalhau...". Enfim, do mal o menos..., sempre te podia calhar o Zé Cabra.
Bjs

João disse...

Nuno: É outro espirito e outra mentalidade. Aqui não é bem a noção do lucro mas a noção de haver verba para a continuidade. Em relação à qualidade da música concordo contigo a 100%.

Maria: Escova-te...:) Jantar dia 5?

Joana: Fizeste? Tenho a impressão que estava contigo nessa viagem.

O CD é fabuloso