terça-feira, 31 de julho de 2012

Tirem-me isto da cabeça

Analogias

As relações entre as pessoas podem muito bem ser comparadas a um átomo com dois níveis energéticos.
O núcleo poderá corresponder ao nosso coração. Os electrões do primeiro nível, mais energéticos, aos que nos tão mais próximos: a família, e os do segundo nível aos amigos com quem partilhamos a nossa vida.
Nos átomos estes electrões vão saltitando de nível para nível. No nosso modelo também. O ser família, por exemplo, não constitui estatuto e como tal não tem necessariamente de estar mais perto do nosso coração (o núcleo do átomo) e vice-versa. Depois também existem aqueles electrões que vão entrando e saindo do nosso átomo. Uns vão deixando marcas e outros sem energia suficiente para produzir qualquer efeito nem nos afectam.
Não é assim de estranhar que alguns saltem fora sem alterar o nosso rumo ou que saltem do 1 para o 2.
O que por vezes é surpreendente é quando nos apercebemos claramente que existem electrões amigos que sempre achamos que sempre estiveram no nível 2 mas que o coração sente sem a mínima dúvida estarem no nível 1. Confundem-se com família. A ténue linha que separa os dois tipos de relacionamentos não existe. Senti isto à dois fins de semana atrás em Milfontes.
Lamechas dirão uns. Da minha parte isto só peca por ser tardio.




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Rumo a sul

Rumei um pouco a sul para passar um fim de semana prolongado.
Não poderia ter corrido melhor.
Batteries full of charge. :)


quinta-feira, 19 de julho de 2012

quarta-feira, 18 de julho de 2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

domingo, 15 de julho de 2012

Desabafo #116

De regresso de Aveiro com a certeza de dever cumprido.
E o gozo que me dá falar nisto :)



terça-feira, 10 de julho de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

É mesmo assim

Não me perguntem porquê mas fico bem disposto quando a oiço.
E mais...faz-me lembrar petiscos ao sair da praia ao final da tarde. :p


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Bosão de Higgs

Não se tem falado de outra coisa nos meios científicos. E mesmo eu que tenho alguma formação tenho tido dificuldade em perceber o que é esse bosão.
Descobri este texto aqui e está muito bom .Daí a partilha.
Serviço publico :).

1.- De que é formada a matéria?
A matéria é formada por átomos. Um átomo é como um Sistema Solar em miniatura: tem um grande núcleo central (composto porprotões e neutrões) e, ao seu redor, giram os eletrões.
2.- De que são formados os protões e os neutrões?
Os protões e os neutrões são formados por umas partículas mais pequenas que se chamamquarks. Há 6 tipos de quarks e foram batizados com nomes um pouco estranhos: o quark “acima”, o quark “abaixo”, o quark “encanto”, o quark “estranho”, o quark “cimo” e o quark “fundo”. Um protão é formado por 2 quarks “acima” e 1 quark “abaixo”. Um neutrão é formado por 1 quark “acima” e 2 quarks “abaixo”. 


3.- E de que são formados os eletrões?
Ao contrário dos protões e dos neutrões, os eletrões são partículas elementares; quer dizer, não se podem dividir mais.


4.- Então o eletrão e os quarks são partículas elementares e qual é o problema?
O problema é que não compreendemos porque é que estas partículas têm massas tão diferentes. Por exemplo, um quark “cimo” pesa 350.000 vezes mais do que um eletrão. Para que façam uma ideia do que significa este número: é a mesma diferença de peso que há entre uma sardinha e uma baleia.


5.- Qual é a solução deste problema?
Em 1964, o físico inglês Peter Higgs, juntamente com outros colegas, propôs a seguinte solução: todo o espaço está cheio de um campo, que não podemos ver, mas que interage com as partículas fundamentais. O eletrão interage muito pouco com esse campo e, por isso, tem uma massa tão pequena. O quark “cimo” interage muito fortemente com o campo e, por isso, tem uma massa muito maior. Para compreender isto, voltamos à analogia entre a sardinha e a baleia. A sardinha nada muito rapidamente porque é pequenita e tem pouco água ao redor. A baleia é muito grande, tem muita água ao redor e, por isso, move-se mais devagar. Neste exemplo, “a água” tem um papel análogo ao “campo de Higgs”. A teoria de Higgs é muito profunda, pois diz-nos que a massa de todas as partículas é originada por um campo que enche todo o Universo.


6.- Problema resolvido?
Não tão rapidamente. Em física, uma teoria só é válida se pudermos verificá-la com experiências. A história da ciência está repleta de formosas teorias que passaram a ser falsas. O campo de Higgs é só uma teoria. Para comprová-la necessitamos de encontrar a partícula associada ao campo de Higgs: o chamado “bosão de Higgs”.


7.- Porque é tão difícil observar o bosão de Higgs?
Quando queremos detetar o bosão de Higgs enfrentamos 2 problemas fundamentais:


1) Para gerar um bosão de Higgs, é necessária muitíssima energia. De facto, são necessárias intensidades de energia similares às produzidas durante o Big Bang. Por isso, precisamos de construir enormes aceleradores de partículas.
2) Uma vez produzido, o bosão de Higgs desintegra-se muito rapidamente. E mais, o bosão de Higgs desaparece antes que o possamos observar. Só podemos medir os “resíduos” que deixa ao desintegrar-se.
Estes dois problemas são de uma complexidade tremenda que para os resolver precisamos do trabalho de milhares de físicos durante varias décadas.
8.- E o termo “a partícula de Deus”? Por acaso não somos cientistas?
A origem do apelido “a partícula de Deus” é uma das minhas anedotas favoritas em física.


Nos anos 90, Leo Lederman, um Prémio Nobel, decidiu escrever um livro de divulgação sobre a física de partículas. No texto, Lederman referia-se ao bosão de Higgs como “The Goddamn Particle” (“A Partícula Maldita”) pela dificuldade em ser detetada.
O editor do livro, num desastroso ataque de originalidade, decidiu mudar o termo “The Goddamn Particle” para “The God Particle” e assim “A Partícula Maldita” converteu-se na "Partícula de Deus”.
9.- Uma vez confirmada a teoria de Higgs, a física de partículas acabou?
Não. A deteção do bosão de Higgs é só o começo de novas aventuras (os físicos continuarão a ter trabalho por muito tempo!). No entanto, ficam dezenas de problemas que estão muito longe de serem resolvidos. Alguns exemplos: o que é a matéria escura? Como formular uma teoria quântica da gravidade? os quarks e os leptões são verdadeiramente partículas elementares ou têm uma substrutura? Todas as forças unem-se numa energia suficientemente alta? Por fim, o nosso trabalho como cientistas consiste em avançar, ainda que seja só um passito, para que as gerações futuras compreendam, um pouquito melhor do que nós, como funciona este formoso Universo que nos rodeia.