O distúrbio bipolar é uma forma de transtorno de humor caracterizado pela variação extrema do humor entre uma fase maníaca ou hipomaníaca, que são estágios diferentes pela gradação dos seus sintomas, hiperatividade física e mental, e uma fase de depressão, inibição, lentidão para conceber e realizar ideias, e ansiedade ou tristeza. Juntos estes sintomas são comumente conhecidos como depressão maníaca.
A bipolaridade não é considerada loucura, e portanto não dá o status de alienação mental. Ainda assim, nas fases agudas da doença, depressão ou hipomania, o doente não apresenta as qualificações necessárias que lhe atribuam plenos poderes das suas faculdades mentais.
O transtorno bipolar foi descrito por Emil Kraepelin nos primórdios da história da psicopatologia e da psicanálise, enfatizando nesta época os estados maníacos e psicóticos. Hoje em dia existem uma série de medicamentos denominados estabilizadores do humor e antipsicóticos que trazem grandes melhoras às pessoas acometidas, podendo ter, na maioria das vezes, bom curso e prognóstico. Existem indicativos de factores genéticos, e o stresse é o principal desencadeante, podendo ocorrer em qualquer faixa etária, mas a média de aparecimento é por volta dos trinta anos. As pessoas alternam ciclos mais ou menos graves de depressão e humor exaltado (mania ou hipomania). Podem existir ou não características psicóticas, dependendo da intensidade do distúrbio, tratamento e evolução.
Muitas pessoas possuem o transtorno sem ter um diagnóstico elaborado, muito tempo se passa até que se ultrapasse todos os tabus e que se venha a procurar tratamento com um profissional competente, ou seja, o psiquiatra, e também o psicólogo. Normalmente são anos, às vezes décadas. As crises no início são espaçadas, e quase não se percebe a diferença dos sintomas para os traços de personalidade do indivíduo, ou mesmo episódios isolados de tristeza, ou de muita alegria, competência nos trabalhos ou estudos, sensualidade, ou um certo descuido com a vida financeira. Por milhares de vezes esse diagnóstico nunca chega a ser dado, e o não-paciente, passa uma vida inteira entre altos e baixos, podendo por fim a sua própria vida, numa total solidão de vivências exacerbadas. Estima-se que 1 em cada 4 casos sejam diagnosticados.
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